Calendar January 18, 2011 17:01

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O Ricardo e as traições


Ok, eu nem ia voltar a tocar neste assunto tão cedo, mas a Maria colocou a pergunta no comentário ao post anterior:
“Primeiro gostava de ler a tua definição de traição. Traição é o quê? Mandar uma queca de oportunidade fora da relação? Babar a ver as mamas que passam? Fazer a corte a outras/os?”

E eu ia responder lá… mas era demasiada coisa para responder num comentário.

Para começar, nunca nenhuma das minhas relações amorosas me traiu (ou se o fez foi espertinha e disfarçou muito bem e eu não dei por nada), por isso tudo o que se segue é estritamente teórico.
Toda a gente associa imediatamente a palavra “traição” a algo envolvido directamente no campo amoroso de qualquer um… mas não é bem assim. Há diversos tipos de traição e são todos dolorosos (ou pelo menos para mim são), mas como não era esse o tema, vou-me mesmo cingir às relações amorosas. Era só um apartezinho.
Toda e qualquer relação assenta as suas bases em coisas simples… cumplicidade, companheirismo, química, afinidades, e até atritos… mas uma relação não existe sem confiança e respeito.

E a traição é exactamente um dois em um, uma maneira de quebrar ambos os elos.
Pegando nas palavras da Maria, Não associo olhar, pensar em alguém ou até sentir desejo por alguém traição. Até acho ridícula essa hipótese (peço desculpa a quem acha o contrário).
Toda a gente olha para toda a gente, é normal. Nem por isso toda a gente trai toda a gente. Porque mesmo sentido esses desejos e atracções - que eu acho perfeitamente normais – O que interessa é que respeitemos suficientemente a outra pessoa para que não passe de um desejo, acho que a traição para mim se prende mais ao sentido com que as coisas são feitas do que naquilo que propriamente é feito.

Não estou com isto a dizer que é perfeitamente desculpável uma “queca de oportunidade”, quer dizer claro que é horrível isso…
Mas por exemplo imaginemos que namorava com a I. e a I um dia qualquer ia a uma festa com as amigas e ficava podre de bêbeda… vá digamos que seria uma despedida de solteira com direito a strippers e bolos e coisas assim do género (nunca vi uma de perto, estou a atirar para o ar). E depois de estar toda podre de bêbeda enrolava-se com alguém acabava na cama com esse alguém, mas no dia a seguir não se lembrava de nada e estava com uma ressaca enorme.
Teria muito mais facilidade em perdoar isso do que por exemplo se a I. (isto a I. é uma badalhoca) andasse meses atracada a outra pessoa, mesmo que nem tivesse havido sexo, que fossem ter encontros e andassem a namorar (ATENÇÃO que não estou a falar de flirtar. Tipo mandar boquinhas e assim, pelo amor de Deus isso até é saudável para a auto-estima de qualquer um).
Porque ao contrário do 1º caso, foi uma situação feita de forma intencional.

Uma traição para mim ocorre quando a traidor sabe o que está a fazer perfeitamente e o continua a fazer mesmo sabendo que vai eventualmente magoar o traído.


Depois de passarmos por uma sentimo-nos um lixo exactamente por saber que não temos (nem que momentaneamente) a confiança na pessoa com quem partilhamos os sentimentos (no mínimo) e acabamos sempre por nos perguntar pelo porquê (como na música acima).
Porque a meu ver não há necessidade.
É mesmo essa a parte que eu acho mais confusa numa traição (e que penso ter referido no post anterior) é mesmo não perceber o propósito.
Quer dizer se já não se quer a pessoa que se “tem” actualmente, é só deixá-la ir à vidinha dela. Pode custar de inicio, mas é muito melhor para ambos.

O que ainda me leva a uma questão.
Haverá quem tenha vocação ara ser "o outro/a outra" ?
Eu acredito que haja quem prefira ser a “3ª roda”. Sim, porque aquela ideia de o outro ou a outra ser um sacana sem coração que só está interessado em roubar o que é de outras pessoas pode parecer muito extremista, mas é o que não falta por aí. Há quem goste da sensação de fazer outra pessoa de idiota… claro que também há os “outros” que são pessoas boazinhas e nem sabem que são os “outros”… mas isso é uma percentagem ridiculamente pequena.

Claro que no meio disto tudo faltava dizer o essencial.
A traição é tanto perdoável, quanto nós gostarmos de quem nos traiu, e tanto quanta a gravidade que atribuímos a essa mesma traição.
Quando acharem que vale a pena perdoar perdoem, porque às vezes um voto de confiança faz toda a diferença.
Hoje em dia muitos casamentos acabam com a desculpa das traições, quando na verdade acabou foi o amor e usam as traições como desculpa.


E se há coisa que eu não ENGULO de maneira nenhuma é “Ah, eu gosto das/os duas/dois” É que não sei porquê nem me entra na cabeça.
Também não acredito naquela história de “Ah e tal, os casais a determinada altura precisam de variar e não sei quê, e é normal que procurem fora de casa” quer dizer se fosse assim, ficavam solteiros no grande buffet amoroso que é este planeta, não é?

Como podem ver, isto não cabia tudo num comentário xD. 
espero que estejas elucidada Maria xD

Vá, para encerrar (?) este assunto em beleza quero muitos comentários.
Qual é resumidamente a vossa definição de traição?
Acham a traição uma coisa perdoável?
Se quiserem focar outro tópico estão á vontadica.
Ah… e saxavor de subscrever sim?
Se 1000 pessoas subscreverem convido a linda Reis pra vir aqui ao blog dançar vestida de pomba gira xD

[A Ouvir: I wanna Life -Goldfrapp]

[Humor: Filosófico]

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Calendar January 17, 2011 12:44

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Formas de Lidar com um par de… pronto, com uma traição

Ontem à noite com a bela da insónia pus-me a ver um telefilme sobre bigamia.
Um homenzinho que tinha duas famílias e tal.
E isto pôs-me a pensar que deve ser horrível sustentar essa traição, caso se descubra a verdade.
E que não sei como é que há pessoas que consigam levar as coisas a estes pontos.

A traição pode acontecer a qualquer um, é verdade… E muito provavelmente até já aconteceu a algumas boas alminhas que nem sonham com isso.
Nunca percebi muito bem qual a utilidade da traição (cá estou eu com os meus “para quê?”) porque se não se gosta do que se tem no prato, pode sempre mudar-se de prato não?
E isto é válido para eles e para elas.
Digo eu né?

Mas de qualquer maneira, a ideia deste post não arranjar motivações, nem ver os dois lados, nem em condenar ou julgar quem enfeita a testa do próximo.
O que é que acontece quando se descobre uma traição?
Como as respostas são tantas, achei que podia pegar e ilustrar os exemplos que me ocorressem de métodos de lidar com uma traição com uma música/vídeo.

Antes de explicar, numa relação em que há uma traição, passa a haver 3 elementos.
O elemento traído
O elemento traidor
O instrumento de traição
Obviamente não vou explicar o que é nenhum destes, vocês chegam lá sozinhos xD

Para o elemento traído, tenho estas magnificas sugestões:
A barraca -
Ok, removam a parte das coreografias fanhosas. E a parte da péssima representação… e a parte de ser numa espécie de clube underground em que o evento da noite é ver pessoas à porrada… e as micro roupas e Maxi penteados… e têm uma situação mais ou menos viável.
Este tipo de reacção é dos mais giros de se ver ao loooooonge.
Aqui em Albufeira no verão é só escolher aqueles bares mais cheios e esperar. A dada altura duas bifas vão andar à porrada por causa de um namorado. E se for preciso até partem copos e vem a GNR e dão com cinzeiros umas nas outras (ai a beleza do verão).
Quem nunca viu já dois indivíduos à porrada por causa de uma jovem que provavelmente os andou a enrolar? Ou quando (adoro quando as gaijas fazem isto) se apanha aqueles confrontos de uma gaja traída com as amigas todas a ajudar e a afinfar na “outra”? Nunca fiquei perto para saber o que se passa depois da barraca, mas coisa bonita não garanto.

A vingança -
“Depois do leite derramado, o melhor que se faz não é chorar. É partir a caneca” que citação mai linda que me veio à corneta agora mesmo xD. Anyway. Há quem prefira isto a um confronto físico com o elemento traidor e com o respectivo instrumento de traição. Ele é rasgar roupas, graffitar paredes do prédio, ligar para o emprego do elemento traidor e revelar uns quantos podres.. you name it.

A atitude desdenhosa -
O mais comum. Insultar o elemento traidor. Deitar abaixo a imagem que se construiu dele e fazer os possíveis para se sentir melhor com isso.O que importa é sempre passar a ideia que não se importam nada com a situação e que até foi feito um favor em livrarem-se de uma pedra no sapato. Mesmo que por dentro estejam em cacos.

A paga -
O que vai vem. Simples como isso.
Não é a mesma coisa que a vingança, consiste mais em pagar na mesma moeda e arranjar alguém para fazer ciúmes e por aí.

A dramatização -
Ok, eu sou muito bom ouvinte e confidente, e acabo por ouvir toda a gente com muita paciência… mas quando chega a aturar os dramas amorosos das outras pessoas, não aguento. Vai sempre tudo dar ao mesmo! No entanto, se há coisa que posso afirmar com base no que já vi, é que geralmente, quanto maior for o drama que uma pessoa faz, e quanto mais bate na mesma tecla o mais provável é que a traição magoou mas não foi assim tanto e não tarda vai voltar ao mesmo.
Claro que também há a hipótese de ignorar e seguir em frente, mas essa não tem música e vídeo xD

Para o elemento traidor há menos opções e eu só encontrei literalmente um tipo de música em que o cantor/cantora diz que enfeitou a testa de alguém.:
O arrependimento e rastejamento -
Sim, perseguir o elemento traído e pedir desculpa e dizer que foi tudo um erro e blablabla… mesmo que saibam ambos que mais tarde ou mais cedo vai fazer o mesmo.

E vocês?
Que outras maneiras conhecem de lidar com a traição?
Já alguma vez foram traídos?
Já alguma vez traíram?
Se sim, usaram alguma destas maneiras?
Acham que uma traição é perdoável?
Se souberem que um elemento de um casal amigo trai o outro, contam-lhe?
Vá, a comentar e a subscrever sim?

[A Ouvir: Nada]

[Humor: Satisfeito]

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Calendar January 16, 2011 05:15

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Perguntas de Fim de Semana V


Numa altura em que só se fala de coisas deprimentes, e crises e por aí afora, seguindo a letra da música acima:
O que é que TU (que estás a ler isto) tens que valha a pena celebrar?
Alguma coisa fantástica que tenha acontecido ou está a acontecer?
Alguém muito especial?
Ganhaste um prémio na lotaria?
Vá, partilha e ao pensares nisso aproveita para ter um óptimo fim de semana ;P

[A ouvir: Alucinador- Marjorie Estiano]
[Humor: Esperançoso]

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Calendar January 14, 2011 16:26

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Somos Loucos por vivermos num mundo louco, ou é um mundo louco porque somos todos loucos?


Há um dito popular que diz “de médico e de louco, todos nós temos um pouco”
E é um bocadinho verdade.
Afinal, quem é que nunca fez uma loucura na vida?
As loucuras acabam por ser a escolha “alternativa” dos nossos actos.
Elas estão ao virar de cada esquina, em cada acto que tomamos, a um canto a gritar “escolhe-me” tentando convencer-nos a optar por fazer o que no fundo até nos apetece mas que sabemos não ser uma opção muito viável, aquilo que sabemos que “não devia” ser feito mas que acabamos por fazer só pelo gostinho a adrenalina que fica no fim.
Debilóides ou Malucas?

Sim, porque o que distingue um “bom maluco” de um “debilóide” é o motivo.
As loucuras sem sentido não chegam a ser loucuras… são apenas idiotices, impulsos animais.
Podemos fazer uma loucura por amor (quem já não as fez?) por ambição, por inveja, por desespero ou por qualquer outra coisa, you name it...
Há quase sempre um gatilho a ser puxado.
Algo que nos impulsiona a fazer as nossas pequenas extravagâncias.

Vejamos… toda e qualquer loucura divide-se em três estágios: Impulso, execução, consciencialização.
Começa por se formar uma vontade no fundo da cabeça, um ímpeto irresistível que não conseguimos ignorar (impulso). Essa vontade cresce de maneira exponencial, até que a satisfazemos da maneira mais impensada possível (execução).
E depois de passar aquele “fogo” do momento, damos por nós a prestar atenção ao que fizemos (consciencialização).

Mas…. E depois?
Depois da consciencialização ainda há aquela fase que nunca é contabilizada: a fase das consequências.

Este post é sobre isso mesmo.

Falando por mim, que sou uma pessoa deveras impulsiva, as loucuras existem na minha vida a montes e não parava de as fazer nem por nada.
E É BOM!
Oh Deus como é bom fazer algo completamente doido sem pensar no que estamos a fazer, surpreender tudo e todos e saltar duma falésia (para dentro de água. Este blog não apoia incentivos suicidas, tá bem?) ou fazer qualquer coisa que ninguém esteja à espera e surpreendermo-nos a nós próprios
E na altura que as fazemos sentimo-nos bem, livres e vivos, mais do que normalmente, pelo menos… só pelo simples facto de sabermos que estamos a fazer alguma coisa maluca.
E isso é bastante bom… mas e depois da loucura?
Sim, e depois?
Geralmente nunca se pensa nisso quando se faz uma loucura de qualquer espécie… mas as loucuras têm riscos associados (por isso é que é uma loucura né? Duuuh xD).

E grande parte das loucuras que cometemos pode trazer consequências… e estas consequências nem sempre são agradáveis, acabando por cair em cima de nós mais tarde ou mais cedo e marcando-nos de certa forma, em alguns casos específicos. (daí ter escolhido esta música acima. A “tatuagem que não sai” acaba por servir de metáfora para essas possíveis marcas… ok também escolhi a música porque adoro? xD)

Depois de uma loucura, podemos lidar com as consequências das mais variadas formas. 
Podemos lamentar-nos do que fizermos, e sentir pena por nós próprios, ficando basicamente no mesmo lugar e cada vez mais miseráveis e com medo de arriscar. 
Podemos ignorar completamente as consequências, fugindo-lhes e fingindo que nunca aconteceram, continuando a fazer as loucuras sem grande ponderação e sem medo das consequências porque nunca as vamos enfrentar de qualquer maneira… 
ou fazer podemos fazer como a canção  sugere e tentar arranjar um jeito de tentar consertar o que está feito… ou atenuar os efeitos se não for possível consertar…

Porque as consequências podem ficar lá, como tatuagens marcadas na nossa pele.
A escolha entre mostrá-las como prova da nossa aprendizagem com os nossos erros ou escondê-las para que as pessoas não saibam o que se passou é inteiramente nossa.

O que eu queria saber era:
E vocês?
Já fizeram muitas loucuras?
Ainda fazem muitas loucuras?
De que tipo as fazem/fizeram mais? Amor, ambição… qual?
Qual foi(foram) a(s) maior(es) loucura(s) que já cometera? (era giro que pusessem aqui pah)
Como lidam com as consequências das vossas loucuras?
São pessoas de arrependimentos, ou é bola pra frente?
Vá comentai!

[A Ouvir: Johnny - Melanie Fiona]

[Humor: Divertido]

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Calendar January 13, 2011 20:26

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Das Rotinas

Viver num loop infernal chamado simpaticamente de "rotina" queima-me por dentro.
Inspirar todos os dias pequenos goles de mesmice é feito de maneira quase automática 
E a dada altura deixamos de pensar nas possibilidades para além das que fazemos de costume.
A rotina mata-nos lentamente, e nós estamos bem com isso.

Eu sei que há quem ache que a rotina é uma coisa fundamental, e que o ser humano se apega a ela por ter uma noção de estabilidade maior quando sabe como se vai processar o dia.
E em parte eu até entendo o ponto de vista, faz sentido, não ter que me preocupar com todos os detalhes do dia a dia por já saber que vou proceder de forma A, B ou C assim de maneira intuitiva. Não vou acordar de manhã e pensar o que vou cozinhar para o pequeno almoço (ok no meu caso não penso mesmo porque não tomo pequeno almoço) porque já estou habituado a fazer omeletas com fiambre (ok primeiro exemplo que me ocorreu).

Mas isso não funciona comigo.
Não sou pessoa de me acomodar.
Não gosto de estar parado.
E colar-me a uma rotina aborrecida é o mesmo que estar parado.
Aliás, é pior.
Sinto-me uma marioneta presa numas mãos enormes invisíveis e controladoras, que me ofuscam os pensamentos e me pré-programam, como se por muita vontade própria que exerça no meu dia-a-dia, não me vá servir de nada porque sei que não vou sair do lugar.

A rotina está lá, na vida de toda a gente, e manifesta-se sempre da mesma forma, é basicamente como o barulho do transito. Pode fazer um bocado de impressão inicialmente, mas mal nos habituamos a ele deixamos de o ouvir completamente.

O que para muitos é um apoio e uma certa segurança, para mim é no entanto um obstáculo.
Eu entendo perfeitamente que a rotina é necessária e blablabla, mas embora tenha todas essas noções só consigo coexistir com ela se sentir que estou a fazer algo de útil ou preze roso (ou os dois ao mesmo tempo).
Caso contrário é basicamente como se me mostrassem uma paisagem magnífica mas me mantivessem preso num labirinto de vidro.
Vejo tudo, e fico com vontade de explorar todos os recantos dessa tal paisagem, mas acabo por só poder seguir os caminhos que o labirinto me permitir.

E eu ODEIO essa sensação de impotência.

A rotina está lá, e por vezes estorva-nos.
Porque temos o dia planejado para acontecer de determinada forma não temos espaço para os fantásticos imprevistos que podem resultar em qualquer coisa fortuita.

Nunca vos apeteceu ser uma outra pessoa?
Não falo no sentido figurativo, em mudanças de atitude e de forma de encarar a vida, e de crescimentos e blablabla, que resultam em encararmo-nos como pessoas diferentes após essas mudanças.
Falo do sentido literal. De experimentar uma outra vida que não a vossa, nem que por um dia?
Ver o mundo com outros olhos, não lidar com os nossos problemas, ou com a falta dele.
Não lidar com a nossa vida, pelo menos durante um curto período de tempo.
Eu já tive essa vontade umas quantas vezes.
Gostava de acordar um dia e ser piloto de aviões, por exemplo.
E depois ir-me deitar e voltar ao dia a dia costumeiro.
Só para ter a noção de como era. Só para não ver sempre as mesmas caras, ter as mesmas conversas, ler as mesmas coisas, ver os mesmos programas, e repetir isto tudo dia após dia após dia.

Ou então acordar um dia como outra pessoa qualquer e mandar toda a gente com quem não engraço à merda. Vá riam-se, mas obviamente que não vou mandar toda a gente que não caiu nas minhas graças à merda num dia normal.

Posso contemplar uma ou duas alminhas sortudas com essa glamouroso deleite, mas se fosse a toda a gente ficava logo sem voz quando chegasse a um quarto da lista. Se fosse outra pessoa qualquer não havia problemas, pelo menos pra mim.

Não estou com isto a entrar numa onda de “Ai odeio a minha vida e vou-me queixar disto aqui no blog, qual consultório sentimental”, é mais numa de “Queria que acontecesse alguma coisa de interessante na minha vida” aka “Estou entediado de morte com a minha vida ultimamente”, Ah e juntem a isto um “estou a chocar uma constipação maravilhosa” e têm a situação actual por estas bandas.

E vocês?
Como lidam com a rotina?
E como a quebram?
Gostam de imprevistos ou preferem saber como se vai processar tudo no vosso dia?
Já tinham pensado ser um outro alguém ou só esta mente demente é que pensou nisso?
Se pensaram, que lugar gostavam de ocupar por um dia?
Já abdicaram de muitas coisas em prol das rotinas?

PS: eu era para responder aos comments todos hoje, mas deu-me a preguiçaç. não me odeiem muito xD


[A Ouvir: As Horas-Marjorie Estiano]

[Humor: Bored]

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Calendar January 12, 2011 15:10

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O que é que Elas querem?

Nota1: Sim eu sei, esta musica é um bocadinho... coisa. mas poh, aquele título diz tudo xD 
Nota2: isto não é um post a falar mal das gaijas hã? Portanto nada de ataques, é mesmo uma pergunta pertinente.

Sim. Eu fiz “a pergunta”.
Aquela que milhões de homens questionam ao deitar e ao levantar.
Eu sinceramente não tenho paciência para pensar nisso assim tanto… mas de vez em quando vem-me esta dúvida milenar,

Afinal o que é que as mulheres querem?

Quer dizer, não quero saber as aspirações materiais ou profissionais de cada mulher deste planeta, nem da “gaja X”(sujeito de teste nas sondagens).
Falo do que é bónito e verdadeiramente complexo.
O que querem vocês mulheres no campo afectivo?
E neste preciso momento do texto, imagino que pelo menos 10 leitoras (e isto é ser simpático) estão a revirar os olhos e a pensar “ai então não é óbvio?”
NÃO, NÃO É.

Já chamaram ás mulheres sexo fraco e sexo forte. eu chamo sexo complicado.
Vamos a ver se me explico.
As mulheres dizem que gostam de homens divertidos, certo?
Maaaaaaas se conhecerem e se envolverem com um, ele passa de divertido a inconveniente ou infantil num estalar de dedos.
As mulheres querem homens sensíveis. E gostam de ser tratadas como rainhas, certo meninas? … Mas passados uns tempos com um espécimen assim, já dizem que ele é um conas.
Se querem atenção e a recebem, dizem que estão sufocadas.
Caso contrário, sentem-se desprezadas.
Se querem um homem condescendente e o ganham passa logo a banana.
Mas se for autoritário chamam-lhe dominador.
Querem ser cortejadas e admiradas, mas depressa começam a achar o jovem que o faz maçante. Se não o fizer acham que não gosta delas.
E podia continuar, mas sinceramente acho que as leitoras sendo umas queridas podem dar muitos mais exemplos na caixinha de comentários xD.

A coisa engraçada que eu reparo sempre, é que quando confronto alguma mulher com isto ela acaba sempre por mandar uma risadinha condescendente e anuir com a cabeça.
E eu já devo ter pelo menos mais 10 cabelos brancos à custa disto (um por cada vez que isto aconteceu)
Porque é como se me passassem assim a resposta num papelinho muito rapidamente em frente aos olhos. E o papelinho viesse escrito em sânscrito.

Mas porque é que isto é assim porra?
E nem ousem vir com a desculpa do “Ah tudo tem um meio-termo” que sei de fonte segura que também se cansam depressa disso. Que os homens demasiado comedidos perdem depressa o interesse por lhes faltar… como era mesmo? Ah, sim, paixão.

Quer dizer, eu sei que o ser humano no geral tem a tendência de querer aquilo que não tem, mas a maioria do mulherio que conheço leva isto a um outro patamar.
O melhor exemplo disto, como devem estar carecas de saber (AHAHAH Sara. Private Joke) quase todas as mulheres têm um “amigo”, sabem aquele idiota que está completamente apanhadinho por elas, e que provavelmente já se declarou umas quantas vezes sem sucesso por “não serem compatíveis”.
A partir do SEGUNDO em que o “amigo” arranja uma outra alminha que retribua, a “amiga” fica pior que estragada.
Pode só ficar passada sem saber porquê ou aperceber-se que sempre amou o desgraçado e iniciar uma cena rocambolesca de novela das 8.

As mulheres complicam tudo demais. Não podia escrever este texto e não citar aqui a Eva Longoria que disse a coisa mai linda sobre este assunto para uma revista qualquer que não me lembro o nome, mas assim da família da Cosmopolitan: “As mulheres são demasiado picuinhas, ou não querem por ser muito bonito e dar muito trabalho, por ser muito alto, ser careca e por aí. Se perdêssemos menos tempo a pensar nesses detalhes e mais a conhecer as pessoas era melhor (…)”

E eu que já adorava o raio da mulher passei a gostar ainda mais xD.
Se ela admite e é gaija, não faz mal nenhum se eu concordar né?
E eu pergunto às mulheres deste universo: “afinal o que é que vocês querem hã?” (imaginar-me a gritar isto no meio da estrada de pijama vestido, olhar virado pró céu e um barrete muy lindo que aqui tenho).
Respondendo à minha pergunta própria pergunta acho que o gajedo não sabe o que quer, então engonha e engonha até descobrir xD.

E vocês?
Leitoras, digam-me, o que é que as mulheres querem?
Elucidem-nos pobres Cromossomas XY com os mistérios labirínticos da vossa cabeça.
Leitores, vá, tentem também a vossa sorte a descobrir. Quem der o melhor palpite ganha … juízo xD
Porque é que (vocês todos) acham que as mulheres têm tendência a complicar?
[A Ouvir: All American Girl - Carrie Undewood]

[Humor: preguiçoso  ]

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Calendar January 10, 2011 16:58

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F-F-F-FÚTIL

Dia 29 de Dezembro foi dia de troca de prendas.
Literalmente.
Fui ao cinema com a Joana, dei-lhe a prenda dela, e aproveitei para trocar um casaco que me ficava apertado.
Chegado à loja, dei de caras com o pesadelo de qualquer pessoa falida.
SALDOS.
O que significa que o casaco desceu de preço.
Fui à caixa e ainda tinha crédito de 6€.
Viro-me pra menina da caixa e digo que não me apetece levar nada.
“Mas temos que lhe descontar este crédito”.
E lá andei eu pelas calmas na loja.
Até olhar para a loja e reparar que atrás de mim estava uma fila que ia até à porta, e uma data de olhos com intenções assassinas na minha direcção.
Com a pressa peguei na primeira coisa que me tinha chamado a atenção.
Umas luvas de cabedal.
E agora tenho umas luvas de cabedal que não precisava pra nada e sinto-me um gigolô com elas calçadas (as luvas calçam-se certo?).
Mas já posso dizer que tenho uma peça de cabedal (que não se inclua nos chicotes e mordaças, porque só assim é que é chique… e isto soou imensamente mal)

E esta citação seria um post mais que suficiente para muito blog que por aí anda.
E até para mim se acordasse virado praí.
Mas para muitos outros blogs e leitores seria automaticamente classificado como fútil.
Isto porque para além de estar imensamente na moda ser-se intelectual, como se não bastasse,  por causa disso a futilidade acaba por ser uma coisa muito mal classificada.

Aparentemente só as pessoas burras e desinteressantes e superficiais têm um lado fútil, porque não conseguem pensar em coisas complexas.
Torra-lhes os miolos ou assim.
É uma daquelas generalizações idiotas que eu muito adoro.

Por uma pessoa dizer futilidades não é automaticamente burra.

Claro que não é isso que 90% das pessoas pensam… Pois bem… FLASHNEWS:
Todos temos um lado fútil.

Deve estar cientificamente provado algures que não é saudável preocuparmo-nos com questões existenciais 7 dias por semana 24 horas por dia.
Tenho quase a certeza que isso tira esperança média de vida ou assim.
O mundo já é demasiado cinzento para nos pormos sempre com pensamentos complexos a torrar o que nos resta de esperança e paciência.
É preciso encontrar uma espécie de escape.
E a futilidade oferece-nos isso.
Claro que não precisamos de estar necessariamente chateados ou preocupados, o que interessa é que há alturas em que precisamos de afastar os problemas, ou os pensamentos em excesso.
E então recorremos à futilidade – que convenhamos é muito mais saudável que beber ou fumar, e muito mais barata que muita droga que por aí anda no mercado negro.

Afinal o que é o fútil?
“fútil
adj. 2 gén.
Insignificante; vão; frívolo.“
Falamos de/ pensamos em/ fazemos coisas fúteis para distrair a cabeça de coisas mais pesadas, para arejar as ideias.
Claro que também há aquelas pobres almas que não conseguem desenvolver raciocinativo mais complexos que os ditos fúteis, mas pronto isso é um azar deles, não é meu (Thank God)

Desde que Doseada ou usada em grandes doses muito poucas vezes seguidas, a futilidade nunca matou ninguém.
Pelo menos a mim não me matou e eu tenho dias em que acordo com a cabeça cheia de ventos tão fortes como o furacão Katrina, e em que olhar para uma montra, contar o nº de vezes que uma publicidade repete num determinado espaço de tempo, ou imaginar se comprar um par boxers da armani de 50€ compensaria o investimento, ou se seria a mesma coisa que um par dos chineses são coisas extremamente interessantes pertinentes e lógicas...
E aqui é que está o giro.
Somos sempre fúteis aos olhos de alguém neste mundo.

Para mim o que tem interesse pode ser completamente insignificante para vocês e vice versa.
Aqueles Blogs que se dedicam a falar de vernizes e maquilhagem em saldos (que odeio de morte BTW), têm tanto interesse para mim como aqueles que falam das épocas de transferências futebolísticas, no entanto, para o X ou a Y podem ser de extremo interesse e importância, e por exemplo, blogues humorísticos - aos que eu ache piada – podem ser completamente desprovidos de sentido lógico para eles.
Idiotas seriam se ligássemos a isso
.
E infelizmente há muitos idiotas. São idiotas, mas “graças a Deus” não são fúteis.
Sim porque conheço muita gente com duas mãos cheias de nada na caixa craniana que têm medo de falar dos seus interesses por saberem que podem ser ridicularizadas ou apelidadas de fúteis… e eu pergunto… isso não é tecnicamente ainda mais verdadeiramente fútil?


E vocês?
Tambêm têm acessos de futilidade?
O que consideram especialmente fútil?
Comentai, que eu amanhã respondo aos comments todos e passo pelos blogs, hoje estou preguiçoso demais.


[A Ouvir: Buyou - Keri Hilson]----> Não consigo ouvir isto sem repetir mil vezes xD
[Humor: Coiso]

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Calendar January 9, 2011 05:15

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Perguntas de Fim de Semana IV

Seguindo a ideia da canção:

Acreditam que existe "O/A Tal"?
E em almas gémeas, acreditam?
E qual é o vosso critério? 
Só se aplica no campo amoroso, ou todos os outros também contam?
Cada pessoa só tem uma cara metade no mundo todo (essa não me convence)?

[A ouvir: The Concept of Being Hip - Glam Sam and His Combo]
[Humor: Feliz
]

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Calendar January 7, 2011 17:26

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A vida é feita de perguntas, mas só nos lembramos daquelas às quais não temos resposta

O Homem é uma criatura inquisidora de natureza.
Fomos feitos para questionar tudo, como parte do processo de evolução.
É através do contínuo questionar de tudo, que são travados novos conhecimentos e análises mais profundas de coisas que temos como certas, e a descoberta de novas certezas vem daí.
Mas como toda a gente sabe não há duas pessoas iguais (quanto muito são parecidas) e embora todos perguntem, nem todos perguntam o mesmo.

Quem é que não passou pela fase dos porquês?
Eu pelo menos passei, e lembro-me perfeitamente de que era a criança mais irritante numa área de 10 quilómetros quadrados em meu redor (mais ou menos) quando começavam com os “porquês”.

É no entanto um mito pensar que só temos uma fase em que questionamos as coisas.
Como já devem ter reparado, eu e as perguntas estamos sempre de mãos dadas, gosto de saber, de questionar, de aprender, e quem não pergunta não aprende.
É normal que tenhamos dúvidas de qualquer espécie ao longo da nossa vida….

A idade dos porquês é normal, mas quando se cresce , cada pessoa tem uma maneira de interpretar de formas diferentes as mesmas perguntas, uma espécie de pergunta associada à sua personalidade… chamemos-lhe “pergunta interior”, vá.
Eu juro que sei que isto parecia imenso um excerto de um daqueles livros de gurus espirituais, mas nada a ver xD.
A “pergunta interior” é aquela pergunta que nos ocorre geralmente quando nos dão alguma informação, aquela pergunta que gostamos de ver respondida para mais facilmente dissipar as nossas possíveis dúvidas.
Conheço três tipos:

  • “Para quê?” – Esta é a minha. Sou uma pessoa muito objectiva, faz-me muito mais sentido perguntar as utilidades de tudo. Procuro mais a motivação intrínseca. Não gosto demasiado de pensar em origens, prefiro pensar nas motivações que movem as pessoas e os acontecimentos. Se algo não tem um motivo por trás não faz sentido para mim.
  • “Porquê?” – O eterno porquê… Há quem continue com esta análise das coisas a vida toda, não é uma coisa negativa. As pessoas que se perguntam “porquê” costumam ser de natureza mais filosófica. Querem saber o que causa as coisas, a sua razão intrínseca.
  • “Como?” – As pessoas que utilizam isto são as eternas curiosas. Querem saber o funcionamento do mundo, como se facilitasse a análise do mundo sabendo de que maneiras se processam as coisas, o seu funcionamento intrínseco. O mundo é um enorme laboratório de estudo onde tudo é analisável.

Um campo onde isto se aplica muito é em questões de foro intimo, ou em dúvidas existenciais.
Cada pessoa interpreta essas coisas de formas diferentes, fazendo as perguntas de forma diferente.
Quando tenho problemas geralmente ocorre-me que há algum motivo para me estar a deparar com eles, para que eles ali estejam.
Mas há quem olhe para eles e diga “porque é que isto me está a acontecer” e quem pense em como os vai resolver.
No meu caso em especifico, mesmo naquelas dúvidas existenciais, nunca dei por mim a perguntar os porquês, mas é porque não tenho paciência para fazer perguntas que sei que não vou ver respondidas tão cedo. é muito mais fácil encontrar motivações por detrás das coisas para mim do que motivos, ou explicações de funcionamento.
Aquela pergunta que toda a gente já leu ouviu ou disse pelo menos uma vez responde-se de várias formas diferentes. Eu respondo que estamos cá pra viver.

E agora vocês:
São pessoas que questionam muito as coisas e as põem em causa, ou conformam-se com maior facilidade?
Preferem respostas de fácil resposta ou perguntas que vos deixem a pensar?
Conhecem mais tipos de perguntas interiores?
E qual é a vossa pergunta interior?
É alguma desta listinha?
Vá comentai gentes que quero saber as vossas respostas ;P

[A Ouvir: Sweet Dreams-Beyoncé ]

[Humor: Divertido]

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Calendar January 6, 2011 13:17

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Aquela Vez em que o Ricardo vendeu o corpo

Era para escrever um outro post completamente diferente, mas honestamente, torci o pé e pus me a pensar nisto (Ok justificação mais idiota de sempre, mas pronto).
Tudo se passou há 3 anos atrás (ou 4).
Como já devem saber os que me lêem há algum tempo, sou de Albufeira.
Os que não sabiam já sabem.
Por essa altura a marina de Albufeira estava na berra completamente, era só eventos a acontecer lá.
Nessa fase, tiveram uma semana que foi a semana radical, ou qualquer coisa do género, que incluía escalada e rappel, paintball e já não sei bem o quê...
Escusado será dizer que o Ricardo juntou uns amigos e foi.
Chegamos lá e acho que nunca me senti tão desfalcado na minha vida como naquela noite, quando vi a área onde íamos fazer todas aquelas coisas. Que não chegava a ter 200 metros quadrados (nem devia chegar aos 100).
Agora a equação para o desastre :
O Ricardo nunca tinha feito paintball na vida + O Ricardo é Míope + Aquilo era à Noite = desastre.
Para começar o Cabrão senhor lá do paintball não avisou como é que aquilo se processava, eu só sabia que tipo tinha que dar tiros à equipa adversária e apanhar uma bandeirinha no meio do campo.
MAS NINGUÉM ME DISSE QUE ERA PARA VOLTAR PARA TRÁS COM A BANDEIRA.
Então começámos o Jogo. Aos primeiros 10 segundos levei um tiro na viseira (de destacar que não podia ter os óculos por baixo, então só via silhuetas), depois comecei a disparar em todas as direcções e atingi a minha colega de equipa no rabo. Depois de conseguir limpar a viseira, o Ricardo chega ao meio do campo sem levar (mais) nenhum tiro, pega na bandeira e põe-se aos pulos a berrar”ganhámos, ganhámos!!!!”.
E de seguida, veio o massacre.
Ou seja, levei uma data de tiros e fiquei todo cheio de nódoas negras e ampolas porque a protecção que nos deram era só um fato de pano para não sujarmos a roupa.
Depois acabámos as bolas todas (eu já as tinha gasto quase todas na porra do vipe de tiros à cega) e fomos à nossa vidinha.
Pensam que isto acaba aqui?
Nããããão!
Depois disto, fomos ver o que se estava a passar na outra ponta da marina.
E agora vem a parte interessante da história (ou não).
Estavam no palco umas pessoas de uma promoção, a chamar pessoa pró palco, e uma mulher à procura de alguém na multidão.
O que é que acham que aconteceu?
CLARO, a mulher arrastou me a mim e a uma amiga pró palco, porque “fazíamos um casalinho giro” chegados ao palco, a promoção era “seja sensual com o seu parceiro e Herbal Essences e ganhe prémios” ou qualquer coisa na mesma onda.
E no cartaz estava um carro e outras coisas bónitas.
Claro que fiquei Logo “Ai ainda vou ganhar um computador ou um carro, que sorte, agora vale tudo”.
O passatempo resumia-se a isto:
No palco estavam uns dados enormes de esponja com as faces pintadas que tínhamos que jogar para ver o que nos calhava. Cada combinação de cores das faces dava um prémio diferente.
Enquanto isso, lá em baixo a plateia ia aumentando.
À minha amiga calhou-lhe “fazer uma lapdance ao parceiro”.
Ok Riam À vontade. Eu fiquei tipo “UUUUH dancinha sexy”
NÃO.
Acabei por saber que essa minha amiga tinha uma espécie de tendência para me bater co cinto.
E levei co cinto na tromba e em vários outros sítios enquanto ela se mexia com a sensualidade de uma barata sem cabeça.
Depois de uns cinco minutinhos lá acabou a tortura e passamos pra mim.
Jogo o dado, e aquilo gira, e gira, e gira, e fica com a face vermelha voltada pra cima.
Vermelho é bom, right?
WRONG.
As senhoras da promoção mal viram aquilo começaram a trocar sorrisinhos maldosos.
E vocês sabem quando têm um feeling que alguma coisa não vai correr bem?
Curiosamente os meus neurónios não reagiram, tal devia ser a atrofia que o paintball lhes causou.
A “apresentadora” foi ao centro do paço e disse ao micro “e Agora o Ricardo vai fazer um striptease”
E eu continuei a rir por mais ou menos um minuto, tempo que o cérebro demorou a processar a informação.
Estão a ver quando estão muito distraídos e vos dizem alguma coisa má, mas vocês continuam a rir porque não assimilaram?
Same Shit.
Quando percebi o que era já era tarde de mais, estava no meio do palco com um projector em cima, e a ver a multidão a crescer, e a crescer…
E do nada põe a tocar isto nas colunas:
.
E pronto, quando dei por ela, já nem tinha frio nenhum, e até foi divertido. e acabei no meio do palco só de boxers (ainda pra mais foi das poucas vezes que levei uns boxers mais largos que davam demasiada liberdade lá em baixo) sem saber de uma das meias e com uma das sapatilhas algures na audiência, com aproximadamente cento e cinquenta pessoas a assistirem e a baterem palmas (e algumas a gritarem “tira, tira”).
Depois do meu “walk of shame”, que se resumiu na recolha da minha roupitxa toda e ir a correr pró “bacstage” fui receber os prémios.
EE adivinhem o que é que recebi?
Não não foi um carro.
Nem um PC.
Nem um Shampoo que eu poderia usar.
Foi um condicionador para cabelos pintados da herbal essences.
Sim.
Eu fiz um striptease para ganhar um condicionador da herbal essences.


[A Ouvir: Take me away - David Guetta]
[Humor: Divertido]

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Calendar January 5, 2011 17:44

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Ano Novo Look Novo

Sabem quando fazem alguma coisa olham e pensam"missão cumprida", ou assim?
Foi assim que me senti quando terminei este look.
Dois dias de volta disto, mas pelo menos saiu como eu queria.
Um look fresh e colorido para o novo ano, porque já tive a minha quota parte de looks suaves e o mundo não é a preto e branco, muito menos a minha cabeça.
Para lerem os artigos completos carregam no botãozinho, e têm alguns botões com atalhos para páginas que gosto. explorem, e espero que gostem e se sintam "aconchegados".
Amanhã prometo que respondo aos comentários tooooodos sim?

[A Ouvir: A novela da SIC xD]
[Humor: Inspirado]

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Calendar January 4, 2011 21:31

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Atitudes modernas - pt.V

Hoje em dia está na moda chamar a atenção.

Penso que já disse aqui algures que o ser humano roda em torno do poder e blablabla, mas acho que nunca cheguei a explicar que uma das formas mais primordiais que um ser humano tem de exercer poder sobre o outro, é sendo o foco da sua atenção.
Há duas formas de atingir a atenção dos restantes.

  1. Ter algum mérito num campo qualquer - Não interessa muito bem no quê. As pessoas brilhantes geralmente atraem atenção. Merecida, mas atraem.
  2. Apelar – fazer de tudo para dar nas vistas.
  3. Estabelecer relações inter pessoais decentes – Não há grande coisa a acrescentar, né?

(claro que a 3ª opção é demasiado trabalhosa para muita gente hoje em dia mas achei boa para incluir aqui anyway)

Qual acham que é o rumo mais seguido hoje em dia?
*som de sinetas*
2ª Opção, of course.

A Apelação é uma arte milenar, que ainda alguns animais praticam em altura de cio e por aí.
Nem é muito difícil de dominar – talvez porque não haja grande coisa que dominar - O objectivo principal é ser o centro das atenções. No matter what.
Todos nós temos dias em que gostamos particularmente de ser o centro das atenções.
E é perfeitamente normal, mas há quem tenha essa necessidade completamente descontrolada, já virada para uma dieta diária de doses maciças de atenção.

Temos 4 tipos básicos de apelação (há milhentas ramificações, mas não percamos tempo com essas):

  • Apelação monetária - Esbanjar é a Palavra, Na apelação monetária, as atenções não se conquistam, compram-se descaradamente. As pessoas que recorrem a esta apelação geralmente gostam de mostrar que têm dinheiro. Comprar dos artigos mais caros e desnecessários e exibi-los com um certo desdém, atrai uma atenção inicialmente desejada, mas depois incómoda. Outra das maneiras que se encontra de atrair as pessoas através desta apelação, é entupi-las de prendas, como se as prendas demonstrassem um maior motivo para nos sentirmos mais inclinados a reparar nessa pessoa.
  • Apelação emocional – Há dois tipos. “Ninguém gosta de mim”… Yup. As emozices. aquelas pessoas que estão CONSTANTEMENTE a fazer o papel de desgraçadinhas, e infelizes, pessoas com o Sindroma de coitadismo crónico nos píncaros. Sejam conversas deprimentes em alturas festivas, ou expressões tristes no meio de uma multidão de sorrisos, até ao recorrente dramatizar da vida em casa para atrair uma quanta penuxa. E o que é engraçado é que conseguem sempre um molho de gente que anda atrás deles com paninhos quentes. Depois há o outro reverso da Moeda, o “Eu gosto de toda a gente” sabem, aquelas pessoas que têm uma necessidade estranha de agradar toda a gente? Não é bem o Lambe-botismo, isso é mais selectivo. Neste tipo de apelação é pra basicamente toda a gente. Pensam que dessa forma acabam por atrair aprovação e consequentemente atenção.
  • Apelação visual – A Lady Gaga é muito boa pessoa, e gosta muito de cãezinhos e órfãos e póneis e unicórnios e assim, e tem muitas causas… mas não vamos ser idiotas ao ponto de não admitir que ela tem um bocadinho de vício em chamar a atenção. Ela é o exemplo mais conhecido actualmente, mas como ela há muitas pessoas que gostam de se vestir (ou despir) e comportar de maneira a chocar as pessoas. Chamam as atenções por… dar muito nas vistas? Nem me venham com aquela desculpa de “Ah e tal cada um é como é”. Uma pessoa gostar de usar minissaia e calças por baixo, é “ser como é” (e ter muito mau gosto) … agora meter uma lagosta na testa e andar com ela na rua não é nada mais senão um – não tão – subliminar “Olhem para mim, eu sou arrojado”. E podíamos falar ainda de como se usa muita coisa que é desconfortável, só porque está In, mas não acho que valha a pena. Vocês chegam lá sozinhos.
  • Apelação idiota/Desesperada – Por alguma coisa lhe chamo de apelação desesperada. As pessoas que recorrem a isto fazem de tudo. Porque tudo vale para que o foco das outras pessoas paire sobre nós, e porque todas as outras tentativas deram para o torto. Pode entrar-se em coma alcoólico, fazer-se uma tatuagem, nudismo numa praia normal, Pixar um muro (Ok eu ando há séculos com a vontade de usar este brasileirismo, porque soa tão porno, mesmo sabendo que só estou a dizer “vandalizar”)… You name it. Muitos pseudo rebeldes nascem mesmo daqui, da carência tão grande que têm por atenção acabam por fazer as maiores barbaridades. As vacas (e não são as que pastam) também vêm daqui… só que a atenção que recebem é diferente… if you know what I mean.

Numa frase… a Apelação é uma deprimência.
E tenho dito.
Receber atenção devia ser um bónus na vida, e não um objectivo de vida.
Quanto muito se a recebermos que seja por mérito e não por pena, ou porque estamos a fazer uma figura tão ridícula ...Coisa, que as pessoas não conseguem deixar de reparar em nós (como no caso do video abaixo, que não aconselho a pessoas com medo de perucas e de cabelo cor de rosa).

E vocês?
Conhecem mais tipos de Apelação?
Conhecem alguém que use algum destes?
O que pensam do assunto?
Ficaram com medo do video? xD
Comentem, leiam e subscrevam, que eu vou dormir (nem devia estar a postar a estas horas mas o sono fugiu-se-me.

[A Ouvir:Weekapaug Groove-Phish ]
[Humor: Uma grande salganhada deles ao mesmo tempo]

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Calendar January 3, 2011 10:38

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"Estou crescendo.Estou perdendo as minhas Ilusões, talvez para adquirir outras novas"

citação do Livro "Orlando" de Virginia Woolf, que estou correntemente a ler.
Agora que já passou aquela euforia toda dos posts de passagem de ano e de contarmos uns aos outros como foi (coisa conta a qual não tenho nada ao contrário do que a sodona PFIA comentou xD só acho maçador tudo falar do mesmo durante dois dias.), retomam-se os posts normais um pouco por todos os blogs. 
para os leitores curiosos por saber como correu a minha PA, leiam o pequeno spoiler que vou deixar no fim do post.

Findo este aparte, vamos lá ao post.

Com esta história do ano novo, até é normal que se pense mais em mudanças que as nossas vidas sofrem a todos os níveis. Mas a mudança em que menos reparamos é no nosso próprio crescimento.
Crescer é uma coisa que sempre me fascinou. Ninguém está imune ao processo e ele nunca é igual de pessoa para pessoa.
Há quem tenha medo de crescer, e quem o ambicione avidamente, mas todos eventualmente acabamos por o fazer gradualmente.

E o que é crescer?
Aquela citação é até agora de todas as que li, a que melhor o descreve o processo.
Crescer é toda uma mudança de ilusões.
As ilusões existem em todas as fases da nossa vida.
Não são só as pessoas ingénuas que as têm.
Eu tenho-as e vocês que estão a ler isto também as têm em quantidades razoáveis.
É uma coisa perfeitamente normal e que nos torna humanos.

Passamos por várias fases de crescimento, não é uma coisa que ocorra de um dia para o outro com a ajuda de uma qualquer epifania – embora no decorrer do crescimento as epifanias estejam lá para ajudar no caminho - quem se mostra muito diferente dum dia para o outro está claramente a aldrabar-vos :

Quando somos crianças acreditamos em tudo, não há selectividade, o Pai Natal é-nos tão plausível como o carteiro ou a senhora do supermercado ao fundo da rua. E não nos sentimos mal por isso.
Mas a infância decorre sem problemas de maior, e com o decorrer dos anos discernimos melhor as fantasias que criámos. Reparamos que a história das cegonhas e da sementinha não são lá grande explicação para o típico “de ode vêm os bebés?”.
E quando todas essas fantasias desaparecem, entramos num novo estágio, passamos para aquela fase que abrange grande parte da nossa adolescência.
E acreditamos em amizades eternas e em amores inquebráveis e em lealdade. Deixamos as hormonas tomar controlo dos nossos sentimentos e vemos um mundo de cores garridas de exageros.
E depois crescemos novamente, e o mundo ganha outras cores, e vemos que o eterno de outrora não era assim tão eterno quanto queríamos que fosse. E que o amor que parecia inquebrável nem devia ser mais do que uma paixão assolapada.
E chegamos a outro estágio.

E o processo repete-se indeterminadamente.

No entanto, por se atingir uma certa idade nem sempre temos autoridade sobre pessoas mais novas que nós, porque uma experiência de vida diferente, os pode ter obrigado a crescer mais rápido, ou o simples carácter da pessoa permitiu-lhe fazê-lo de maneira mais rápida do que nós.

Já diz o outro “Idade não é documento”.

Um dos melhores exemplos do crescimento, é a forma como se encaram os sentimentos de maneiras completamente diferentes de altura para altura.
Ainda há pessoas que esperam por uma pessoa utopicamente perfeita, por alguém que qual livro romântico venha e torne a vida num conto de fadas.
Outros que pensam que o amor não vale a pena.
Outros que pensam no amor como uma coisa simples.
E outros que não sabem o que esperar porque o grande “A” ainda não lhes bateu à porta (como eu) - ou se lhes bateu não estavam em casa na altura - Só umas quantas “P” (paixões, não pensemos em coisas badalhocas a estas horas).

E ao nosso ritmo apercebemo-nos de que tudo o que vemos são ilusões que formamos de forma involuntária, percepções que temos na altura do mundo que nos rodeia, e que mudam de acordo com a nossa mente.
Há quem estagne numa idade mental e nunca cresça, e há quem se recuse a fazê-lo por ter medo de enfrentar a vida com olhos mais atentos, preferindo romancear as coisas um bocadinho.
Mas eventualmente todos passamos pelo crescimento…
Ou ele passa por nós, a ritmos diferentes para cada um.

E – citando novamente o mesmo livro - “A vida é um Sonho. O despertar é que nos mata” (esta frase tinha ficado MESMO bem neste meu post pah -.-) quando deixamos de ter ilusões o processo de crescimento acaba. E morremos.
Porque como toda a gente sabe, crescemos até à morte.
E crescer não bom nem mau.
É necessário.
Crescer não é olhar com amargura para o mundo porque “já se viveu muita coisa”.
Crescer não é desconfiar de tudo e de todos e adquirir uma postura céptica.
Crescer não é adquirir um ponto de vista que sirva mais para impressionar os outros do que para nos deixar confortáveis.
Crescer é adquirir a pouco e pouco a capacidade de ver o mundo como ele é, e viver com isso.


E vocês?
Tiveram alguma fase na vossa vida de medo de crescer?
Concordam, discordam?
Ah, e Já agora, Votem ali na votação ao canto superior esquerdo se faz favor.
Comentai!


[A ouvir: Make The Bus- Janelle Monae]
[Humor: Preguiçoso]


Agora sobre a Passagem de Ano :

Este ano como de costume fomos para a praia dos Pescadores. Vimos os Ídolos, e devo dizer que as pessoas não têm noção de como uma coisa daquelas funciona até a verem detrás das câmaras. Gostei imenso, e a foto no meu perfil deve mostrar 1% da multidão que estava em Albufeira na Madrugada de dia 1. Bebeu-se champagne e vodka e andamos pela areia e pelas ruas de Albufeira a aparvalhar. e como vocês são uns leitores à maneira, aqui fica um sneak Peak (em que me podem ouvir dizer "merda merda merda" porque derramei vodka ou champagne em cima xD) e pronto já chega de Reveillon.

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Calendar January 2, 2011 09:20

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Perguntas de Fim de Semana III

Seguindo a ideia da Letra da música:
O que é que vos torna únicos?
Aquilo que nunca nada nem ninguém conseguirá mudar em vocês?
São pessoas de opiniões fortes?

Bom fim e inicio. de semana e de Ano respectivamente

[A ouvir : Strip Me - Natasha Bedingfield]
[Humor: Pacífico]

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Calendar December 31, 2010 20:59

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Primeiro micropost do ano

Post directamente da praia coberto de areia e champagne, e regado a vodka. Bom anoo. E mai nada. Vou pros bares.

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Calendar December 30, 2010 19:28

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Não aos posts de reveillon?

Eu podia vir aqui com um enorme post filosófico para terminar bem 2010. mas não me apetece filosofar.
Podia falar sobre o ano novo e os planos que tenho para essa noite, mas provavelmente vocês não querem saber disso.
Podia vir aqui escrever uma wishlist de coisas que quero que aconteçam no ano que vem. mas muito honestamente enjoei-me até aos cabelos de wishlists blogosféricas.
Então lembrei-me

Coisas que nem com 1000 passagens de ano hei-de conseguir (e querer) mudar em mim:

  • Ter um óptimo timing - Consigo dizer a coisa certa no momento errado com uma fluidez impressionante.. é uma dádiva que poucos compreendem.
  • Gostar de ser desagradável de vez em quando - O meu lema de vida é "quando toca a mim os outros não têm pena, porque hei eu de ter pena dos outros?" e tem resultado muito bem nestes últimos...10 anos vá (sim até deve ser menos, porque quando era criança não tinha lema de vida nenhum). e por isso não me poupo de dizer as coisas desagradáveis que penso quando me apetece. porque se eu não as digo, mais ninguém as diz.
  • Fazer mistelas gastronómicas pouco aconselháveis - Salmão e compota de pêssego, bacon e gelado, batatas fritas e chocolate derretido, you name it. imensas vezes penso "eu gosto tanto disto... e daquilo... porque é que não hei-de gostar de uma mistura entre os dois?" e acaba quase sempre com um "Ai que nojo" da pessoa mais próxima, e uma possível reacção fisiológica que acaba comigo horas no WC.
  • Ser estupidamente optimista- Eu irrito-me imenso comigo com isto. Pra mim tudo vai correr sempre bem. mesmo que esteja tudo a descambar, eu vejo uma luzinha no túnel.Querem um bom exemplo? tá a chover torrencialmente aqui em albufeira hoje. amanhã é passagem de ano. mas por alguma força sobrenatural continuo a pensar que amanhã vai tar um tempo óptimo. quando tenho tudo para pensar o contrário.
  • Odiar Matar caracóis - Eu sei que não é minimamente lógico, mas não consigo matar caracóis. mato aranhas moscas melgas ratos baratas gafanhotos e tudo o mais que me apareça se tiver que ser, mas caracóis NÃO CONSIGO. evito ao máximo. não é por nojo nem nada, mas independentemente de pisar, esmagar ou fazer voar pela janela um caracol, eu sinto uma crise enorme de remorsos. e faço SEMPRE um minuto de silêncio. suspeito que fui um caracol noutra encarnação. mas é uma teoria sem comprovativo.
E Depois disto, vão pensar que eu tenho alguma coisa na cabeça...
mas não tenho.. gorros e chapéus nunca me seduziram muito.

 E vocês?
Quais são as coisas que nunca hão de mudar em vocês (por vontade própria ou por incapacidade crónica)?
digam!
Qual é a vossa característica que esperam manter para sempre? (humor corrosivo pra mim)
E a de que se livravam mal soassem as 12 badaladas se pudessem? (permissividade em excesso pra mim)

Como amanhã não devo vir aqui olhem:
tenham um bom reveillon, divirtam-se e olhem... vemo-nos (teoricamente lemo-nos) pro ano.
E desculpem lá não vos ir ler os blogs, mas estou há 12 horas fora de casa com dor nos pés e rebentado porque 6 dessas horas foram passadas sentado num autocarro.

[A ouvir : Nada]
[Humor : Demasiado cansado para sequer meter aqui o panda]

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Calendar December 29, 2010 16:59

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Dar o Desconto

Bem, este post surgiu-me há uns meses, mas voou-me da ideia.
Depois hoje a meio de uma conversa no msn com a Joana, lembrei-me dele.




Quando gostamos de uma pessoa, fazemos coisas estranhas por ela.e aqui não falo especificamente de amores. Falo de gostar de alguém. Como amizade, família ou whatever.

Por exemplo:
Eu tenho uma amiga.
A K. conhecemo-nos desde… sempre, e a dada altura no nosso pequeno grupo de amigos, a K passou a ser uma figura mítica, por ser uma pessoa de funcionamento muito específico.
Fica meses e meses sem falar ou estabelecer qualquer tipo de contacto, e depois a dada altura relembra-se da nossa existência. Porque não tem ninguém de momento com quem passar o tempo, ou porque não tem nada melhor para fazer.
E nós pensamos “Ah, é a K, vamos dar o desconto”.
E fazemos isto sistematicamente, até que passámos a ser os amigos em part time da K.
E por mais que eu ache que não seja certo habituei-me à ideia.
Habituei-me a “Dar o desconto”.
E cada vez que ela, depois de uma temporada de desaparecimento social completo, se lembra de voltar das cinzas e muito cuidadosamente se insere nos nossos planos conjuntos, dizemos “ah, dá o desconto. É a K
E este ano, embora saiba que lhe vou dar o desconto, comecei a pensar mais e mais nisto:
Porque é que o fazemos?
Na verdade isto de dar o desconto é uma coisa complicada, porque não nos limitamos a ignorar propositadamente as coisas erradas que certa pessoa faz, olhamos para essas coisas e vemo-las como coisas perdoáveis, por mais desagradáveis que tenham sido para nós.
Talvez seja porque gostamos muito dela, ou da ideia que temos dela, e porque temos medo que um confronto afaste essa pessoa e essa ideia permanentemente.


E quantas vezes o fazemos?
O problema reside exactamente aqui. Deixamos de contar. A certa altura, já é tão naturais dar o desconto a A, B ou C que nem notamos que o estamos a fazer. E quanto mais descontos dermos a alguém, mais esse alguém se habitua a ir avançando mais, e testando os nossos limites.
Chega ao ponto em que interpreta as coisas como se tivesse uma espécie de livre passe comportamental, sentindo que pode fazer e dizer tudo, porque vai sempre ser desculpado.

E isto dura até não conseguirmos dar mais o desconto.
Porque convenhamos, somos todos uma espécie de esponjas que vamos absorvendo e absorvendo. A dada altura já absorvemos demais e começamos a expelir o excesso, e a rejeitar mais…
E nessa altura parece-nos absurdo desculpar tudo só porque sim.

Eu estou aqui com estas conversas, mas vou continuar a dar o desconto À K.
E a sentir-me um hipócrita por ir directamente contra o que acredito, mas que se há-de fazer?

"O coração tem razões que a razão desconhece."

E vocês?
Têm algum amigo assim no vosso grupo de amigos?
Alguém a quem acabem por desculpar tudo?
Porque acham que o fazem?
Dão facilmente o desconto às pessoas?
Acham mal que se dê o desconto às pessoas?
Comentai, comentai, minhas gentes.

[A Ouvir : I need You now - Agnes]
[Humor: Feliz]

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Calendar December 28, 2010 17:44

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Afinal a Bimby não é uma máquina dos infernos.


... a máquina do pão é que é.
Este natal, o meu pai e a minha mãe tiveram a ideia de comprar uma prenda de natal "para a casa".
Uma máquina do pão.
quando rasgaram o papel na noite de natal eu senti um calafrio estranho. um mau presságio.
mas pensei que fosse do vinho.
Não era.
agora cá por casa a frase mais dita é "Ricardo, já fizeste o pão?"
Daqui a uns meses vão estar os meus pais obesos mórbidos e a máquina do pão, ali, pronta de boca escancarada para receber farinha fermento e ovos.
porque a máquina do pão é uma alma demoniac insaciavel que me suga a vitalidade e me dá pesadelos desde dia 24.
*choro histérico*
Hoje fiz dois pães de um quilo.
façam o que fizerem, não comprem uma. será a vossa ruína.


ufa, finalmente consegui.
Respondi aos comments que tinha em atraso todos (os dos 3 ultimos posts não estão em atraso porque são recentes). não sei o que fazia à minha vida se fosse uma celebridade de blog.
E agora estou com uma preguiça descomunal. mesmo descomunal. que nem me deu forças para escrever um post decente.

[A Ouvir: a novela na SIC]
[Humor: Preguiçoso]

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Calendar December 27, 2010 11:22

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O Fenómeno Tony

Há várias coisas que não entendo neste mundo.
Nunca percebi aquelas pessoas que conseguem dobrar colheres telepaticamente.
Nunca entendi como é que os peixes palhaço mudam de sexo aleatoriamente quando o macho do cardume morre (sim, as peixas perdem a peixaxa e ficam peixes).



Olhar pseudo seqce profundo + franja à cão d'agua português. yummie


Mas o Tony carreira põe todas as dúvidas a um canto no borralho da minha mente.
Dia 25 mudo para a rtp1 e lá estava um concerto dele.
E milhares de pessoas aos berros no coliseu dos recreios. ou no pavilhão atlântico. ou wherever.
Para quem não conhece o “rei” aqui fica um exemplo.
Sim, só o link que este blog tem padrões para não bater no degredo.
Já é muito bom levarem ca foto dele.
É assim, eu percebo que ele seja um “lutador” e que tenha batalhado muito, e que fosse muito pobrezinho antes
. Mas para alem de ser idiota comprar discos só por simpatia :
  1. º Ele soa exactamente igual em toda as músicas. Nas baladas, nas musicas mais mexidas… whatever he sings. Não interessa o quê, tem sempre aquele tom de voz “caganeira francesa : diarreia nº 5” que fica algo entre o ganir e o sussurrar. E de qualquer forma estranha faz sempre uma data de platinas.
  2. º Ele tem definitivamente cara de tanso. Ok, a sério, não sei bem o que é. Talvez aqueles olhos que mais parecem pequenas poças lamacentas, ou aquela cara de personagem de cartoons da Europa de leste, ou aquele cabelo à escovinha. Há qualquer coisa naquele homem que desperta o meu instinto esmurrador. Era capaz de o espancar com uma cadeira do IKEA se ele me dissesse “olá” na rua.
  3. º Ele é parolo. É assim, eu ainda percebo que hajam alguns tansos que atraiam o mulherio porque têm um certo charme. Não é o caso da criatura, que sua “pimba” por todos os poros.
Com estas 3 especificações nunca entendi o sucesso que o homem tem pelo mundo afora (é que nem se cingiu só a Portugal. Contaminou o mundo)
E depois disto tudo fica-me sempre aquela pulguinha atrás da Orelha “como é que ele vende tanto disco?”
Já me ocorreram várias explicações de entre as quais “Há gente muito azeiteira por este mundo afora mas” nenhuma me encheu as medidas.
Ao longo dos anos fui encontrando novas explicações. Aqui fica uma listinha:
O Tony Carreira envenena as águas dos poços – isto explicaria como naquelas aldeias isoladas no meio da Serra o nome do Tony se faz ouvir. São psicotrópicos modificados! Não bebam àgua dos poços gentes. He’s washing your brains!
O Tony Carreira aprendeu alguma técnica de hipnotismo vocal – Tipo, estão a ver os morcegos que emitem aqueles ultrasons? Suspeito que ele faça o mesmo. Só que fá-lo nos cds e nos concertos com a seguinte mensagem “compra compra compra, ouve ouve ouve”
O Tony Carreira sabe magia negra e fez um pacto com o Demónio – Ok, outra possível explicação é esta. foi assim que aconteceu: há uns 30 anos atrás, quando se apercebeu que ia ter a efémera carreira de um qualquer cantor pimbalhão, o Tony meteu mãos à obra e fez um ritual satânico. Para ter sucesso prometeu as alminhas de todas as criaturas que comprassem os cds dele ao demo. Uma boa troca. Tenham cuidado porque é uma teoria fortemente fundamentada.
O Tony Carreira exala ferormonas – Faz todo o sentido. Ele carrega no cromossoma Y (por isso é que os filhos dele estão todos a aparecer na tv e na rádio, quais ervas daninhas) o gene das ferormonas. Deve deitar tanta ferormona que o mulherio vai todo a correr encher os pavilhões mal sonham que há um concerto dele.
O Tony Carreira contrata fãs de engodo – toda a gente sabe como funcionam as massas. Talvez ele contrate tipo umas dez pessoas para se fazerem de super fãs. E isso incentiva as outras pessoas a seguir o exemplo. O mundo dos negócios requer manha.

E podia continuar aqui com explicações super bem fundamentadas e provavelmente reais, mas de momento não sei se existe mesmo vida extraterrestre para comprovar outra das minhas teorias, e a teoria de terem feito uma experiencia genética de mistura de cantores pimbas num frasquinho e darem-na de beber ao Tony, parece-me meio rebuscada.

Como se não bastasse, os novos cantores portugueses viram que isto é que vende e agora temos uma data de clones de Tony Carreira. a mesma maneira de cantar. as mesmas músicas. os mesmos tiques. A.MESMA.CARA.DE.TANSO. gimme a break.

Uma outra coisa que eu reparo é que as fãs do tony são em 90% dos casos feias. Ou velhas. Ou feias e velhas. Ou simplesmente demasiado…. coisas para ser possível arranjar designações decentes. Claro que também há umas quantas jeitosas. Mas pronto são raras. Nem sei se chegam aos 10%.

Nota - Fãs do Tony: Linchamentos são proibidos neste blog. E não não tenho inveja do senhor. Acho-o uma curiosidade antropológica.

E vocês?
Conseguem entender o porquê deste “fenómeno Tony”? teorias?
São super hiper mega fãs dele? Têm alguém na família que goste seja? Eu tenho uma tia *shame on her*
Algo a acrescentar? Corrigir?
querem falar mal? falem!
Vá comentai.

ps: Cruz este post é para ti, que és mega fã do Tony xD

[A ouvir: Talk that shit-Chris Brown]
[Humor: Venenoso]

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Calendar December 26, 2010 17:31

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Perguntas de Fim de Semana II

E é quase 2011.
Nesta altura de passagem de ano, vêm as resoluções de ano novo.
Sabem, aquela listinha que fazemos mentalmente de coisas a fazer, a comprar, a conhecer, a experimentar. Basicamente os nossos desejos a realizar no ano que ainda não teve tempo de chegar...

Já devem ter ouvido milhentas vezes aquela famosa musica do António Variações “Muda de vida se tu não vives satisfeito, muda de vida, não queiras viver contrafeito”.
E isto na teoria é uma coisa muito linda,
É muito giro dizer-se “vou-me reinventar, vou pegar e mudar completamente de rumo. Partir ao desconhecido”, mas na prática, mudar de vida é difícil.
Tão difícil que muitas dessas promessas nunca passam disso mesmo.
E eu sei-o porque este ano que passou resolvi fazer uma mudança de rumo.
Uma mudança que me custou imenso de inicio, por não saber no que me estava a meter, mas que não consigo lamentar por me senti melhor por ter feito o que queria fazer.

A palavra de ordem é coragem.

Ter coragem para mudar de vida é o mais difícil de tudo.
Muitas pessoas não fazem mudanças nas suas vidas, deixam-se acomodar à infelicidade por medo.
Medo de confrontar as pessoas que conhecemos com a nossa mudança consciente, e de confrontar aqueles que nos são mais queridos.
Medo porque uma mudança radical de vida pode trazer muitas coisas óptimas, mas também traz muitos rompimentos.
Pessoas que se perdem, ligações que se desfazem, e ambições que cessam por já não estarem no nosso novo rumo.
Porque na altura em que dizemos que vamos mudar de vida as pessoas estão lá com o seu sorrisinho querido a dizer que nos apoiarão.
Mas só teremos a certeza de quais delas nos irão apoiar quando temos a coragem de dar o primeiro passo em direcção do desconhecido.

Isto não é um post de lamentos.
Não lamento minimamente as percas por que passei.
As pessoas desnecessárias são as primeiras a abandonar o barco.
Boa viagem.

E eu deixo as perguntas:

Qual foi a mudança mais radical que já fizeram na vossa vida?
Já fizeram muitas?
Eram capazes de largar tudo o que conhecem e partir ao desconhecido neste preciso momento?
Acham que é tão difícil mudar de vida porquê?
Já se arrependeram de alguma mudança
(radical ou não) que tenham feito?

Oh, e que tal foi o vosso natal?

Bom restinho de fim de semana.
amanhã o blog volta ao funcionamento normal.

[A ouvir: lie to me - Keri Hilson ]
[Humor: Preguiçoso]

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